PROJETO MEIO AMBIENTE: CULTIVO DO HÁBITO DO USO DOS 5 rS

2011: Mais um ano letivo pela frente. Em 2010, realizamos com bastante êxito o projeto Gêneros Textuais (orais e escritos), objetivando conhecer, analisar e produzir textos ligados aos Valores Humanos. Neste ano, 2011,a proposta dos gêneros visa desenvolver habilidades e potencialidades relacionadas ao respeito pelo MEIO AMBIENTE, sobretudo à prática ao uso dos 5Rs (Respeitar, repensar, reduzir, reutilizar e reciclar). Por isso, abri um página - MEIO AMBIENTE - só com textos que discorrem sobre o tema. O IFMT campus Rondonópolis não pode prescindir, num momento de agonia do planeta, do seu papel de construção de cidadania. Aguardem!! “Se quisermos ter menos lixo, precisamos rever nosso paradigma de felicidade humana. menos lixo significa ter... mais qualidade, menos quantidade; mais cultura, menos símbolos de status; mais esporte, menos material esportivo; mais tempo para as crianças, menos dinheiro trocado; mais animação, menos tecnologia de diversão; mais carinho, menos presente... (Gilnreiner, 1992)

23 de dezembro de 2013

Resenha de “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo

Resenha de “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo


Bruna Gabrielle de Sousa Rocha
(1º ano “B” Secretariado – IFMT)
            O romance “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo, publicado Moderna, publicado em 1844 e adaptado para o cinema em 1915 e 1970; para Telenovela, em 1965 e 1975, é encontrado facilmente com preço em torno de R$20,00.
“A Moreninha” narra a história de amor entre Augusto, jovem estudante de medicina e D. Carolina, a Moreninha. Augusto nunca conseguira amar alguém verdadeiramente e, sequer, passara mais de 15 dias a pensar na mesma moça. Eis que Filipe o convida, juntamente com seus outros amigos, Fabrício e Leopoldo (também estudantes de medicina) a passar um final de semana na ilha de sua avó. Augusto, a princípio, recusa o convite. Por fim, trava-se uma aposta. Se Augusto se apaixonar por uma moça e pensar nela, durante um mês, terá de escrever um romance sobre isso, ou vice-versa.
      Na ilha, Augusto conhece Carolina, a Moreninha, e acaba encantando por seu jeito irrequieto. O que ninguém sabe é do segredo que Augusto carregava consigo, sua constante procura por alguém que tenha um breve[1] semelhante ao seu, no qual se encontra um camafeu[2]. Segredo esse que esconde uma promessa feita na infância e que dá muitas voltas durante o enredo do romance.
“A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo é um verdadeiro exemplo de romance. Afinal, essa obra representa o início do Romantismo brasileiro. O autor mostra com fidelidade características nacionais, sobretudo os costumes e os cenários da época: os bailes, o flerte das moças, a tradição da festa de Sant’ Ana e as lendas; além de revelar os traços da burguesia carioca em meados do século XIX. A história é recheada de cenas cômicas, ambientadas na época em que foi escrita. O desenrolar da história, embora detalhado, é rápido e nem um pouco cansativo. A princípio, a linguagem é difícil de entender, por possuir aspecto totalmente formal, inclusive a utilizada pelos jovens, que impressiona se comparada com a atual; mas, ao longo do enredo, a leitura mostra-se de fácil compreensão e coerência.
Na minha visão, o autor soube usar um certo tom de humor na medida certa, além de criar desfechos totalmente inesperados e originais. Embora o enredo não seja tão óbvio, pode-se dizer que há uma certa dose de previsibilidade para o desfecho. É impressionante como, no decorrer da história, a leitura permite ao leitor dar asas à sua imaginação, fazendo-o visualizar não só o local, mas também os personagens. Isso, também, devido à riqueza de adjetivos que o autor utiliza para qualificá-los, tornando-os complexos e apaixonantes; levando o leitor ter a capacidade de empatizar-se com os mesmos.
O romance apresenta ao longo do enredo frases bem estruturadas e romanceadas que, de forma natural e profunda, acaba entrando no íntimo do leitor: “Amor?... Amor não é efeito, nem princípio, nem fim, e é isso ao mesmo tempo” (Capítulo XIX). “Não diz o que sente”. “Não sente o que diz”. “Faz mais do que isso, pois diz o que não sente” (Capítulo I).       
      Esse romance é bem interessante, pois além de envolvê-lo em uma história de amor cativante, resgata os valores que vêm sendo esquecidos na atualidade como, por exemplo, a ternura, a fidelidade e o comprometimento.



[1] Breve: rescrito do Papa, contendo uma decisão ou declaração de caráter particular.
[2] Camafeu: Objeto de adorno talhado em pedra fina, que lembra camafeu (1), ou qualquer figura de pequeno tamanho, em relevo (como efígie de sinetes etc.)

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