PROJETO MEIO AMBIENTE: CULTIVO DO HÁBITO DO USO DOS 5 rS

2011: Mais um ano letivo pela frente. Em 2010, realizamos com bastante êxito o projeto Gêneros Textuais (orais e escritos), objetivando conhecer, analisar e produzir textos ligados aos Valores Humanos. Neste ano, 2011,a proposta dos gêneros visa desenvolver habilidades e potencialidades relacionadas ao respeito pelo MEIO AMBIENTE, sobretudo à prática ao uso dos 5Rs (Respeitar, repensar, reduzir, reutilizar e reciclar). Por isso, abri um página - MEIO AMBIENTE - só com textos que discorrem sobre o tema. O IFMT campus Rondonópolis não pode prescindir, num momento de agonia do planeta, do seu papel de construção de cidadania. Aguardem!! “Se quisermos ter menos lixo, precisamos rever nosso paradigma de felicidade humana. menos lixo significa ter... mais qualidade, menos quantidade; mais cultura, menos símbolos de status; mais esporte, menos material esportivo; mais tempo para as crianças, menos dinheiro trocado; mais animação, menos tecnologia de diversão; mais carinho, menos presente... (Gilnreiner, 1992)

28 de agosto de 2013

DIMENSÕES POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA

RELEITURA
POR Arlete Fonseca de Oliveira

DIMENSÕES POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA. Orgs. Maria Vieira Silva e Maria Alejandra Corbalán. Alíena Editora.

A base de toda conquista é o professor. Com esse verso do jingle da campanha “Todos pela Educação”, cujo objetivo é garantir uma educação de qualidade para todos os brasileiros até 2022, é que convido meus colegas professores  para uma reflexão sobre a importância de se compreender as  potencialidades da dimensão política  na prática pedagógica.
Sabe-se que o homem, como ser histórico (detentor de vontades,  aspirações, anseios, interesses, expectativas), para fazer-se sujeito, precisa relacionar-se historicamente com outros homens também portadores dessa condição de sujeito que também precisam fazerem-se sujeitos. Não qualquer sujeito, mas sujeitos humanizados!
Nesse contexto interacional, a educação contemporânea deve ser concebida como prática intrinsecamente política, que, segundo M. Chauí (1994), é o modo pelo qual a sociedade internamente dividida discute, delibera e decide em comum para aprovar ou reiterar ações que dizem respeito a todos os seus membros, ou, ainda, na visão de Vitor Henrique Paro (p.18), como atividade humano-social com o propósito de tornar possível a convivência pacífica e cooperativa entre os grupos e pessoas na produção da própria  existência da sociedade.
Visto desta maneira, o conceito de política não deve mais ser entendido como luta de classes, mas  como prática democrática, capaz de “incluir todos os mecanismos, procedimentos, esforços, recursos que se utilizam, em termos individuais e coletivos, para promover o entendimento e a convivência social pacífica e cooperativa entre os sujeitos históricos”.
Sob esse prisma, o processo pedagógico só pode se dar supondo a concordância do educando como um ser de vontade, que é o que caracteriza sua subjetividade histórica, senão o processo não pode se realizar com êxito, porque fundado em meios que negam o alcance dos objetivos – a educação portanto exige o envolvimento do educando com sua vontade e ação.
Nesse sentido, tome-se a palavra poder como sinônimo de força. Não no sentido de sua imposição, mas como fortalecimento de liberdade que é construída coletivamente como obra humana histórica, pois a educação assim entendida, constitui-se em autêntica relação social, no sentido preciso e elevado que lhe empresta Humberto Maturana, ao afirmar que
nem todas as relações são relações sociais. São relações sociais somente aquelas que se constituem na aceitação mútua, isto é, na aceitação do outro como um legítimo outro na convivência (Maturana, 1998, p95).

            Portanto, a educação, concebida por este prisma, deve ser dialógica (Paulo Freire (1975). E diálogo supõe a conversa de ambos os sujeitos envolvidos – educador e educando -  bem como a oitiva e a consideração por cada um deles, do que o outro diz. Por essa relação se exerce e se aprende a colaboração ao mesmo tempo em que se aprende e se exerce o político como democracia.  A colaboração entre grupos e pessoas é essencial à convivência pacífica e ao desenvolvimento histórico da sociedade. “não é a luta o modo fundamental de relação humana, mas a colaboração (Maturana, 1998, p. 34).

Acredito piamente que “a base de toda conquista é o professor”. Daí a importância de considerarmos intrinsecamente políticas nossas práticas pedagógicas, reconhecendo-as como importantes ferramentas de convivência social. Todos somos conscientes de que essa convivência social é muito complexa, porque carregada de conflitos de ordens diversas – tanto de nossa parte como da parte dos educandos.  Por isso, devemos estar bem respaldados em teorias que fortaleçam nosso espírito de educador com vistas à construção de uma convivência pacífica e cooperativa. Mas para isso temos que, antes mesmo de propor aos nossos alunos, a tarefa de aprender a aprender, a fazer, a conviver e a ser. Tarefa que não é fácil de realizar e que talvez por isso, apesar de nossos esforços, não conseguimos levar para sala de aula, e para além dela, a verdadeira educação em cujo bojo esteja embutido a dimensão política e democrática.  

TRÂNSITO: AS IMPRUDÊNCIAS NOSSAS DE CADA DIA

Trânsito: as imprudências nossas de cada dia

 

 Infelizmente todo ano é a mesma história. Centenas e até mesmo milhares de acidentes de trânsito são registrados anualmente nas várias vias urbanas e estradas de nosso país. Os números parecem apenas aumentar ano após ano e, com eles, aumentam os números de óbitos, de pacientes nos hospitais, de famílias abaladas e de vidas completamente modificadas. Mas, você sabia que, por mais incrível que pareça, a grande maioria desses acidentes é causada por imprudências cometidas pelas próprias vítimas? Infelizmente essa é a triste, mas evidente realidade! Assim, constatamos que a solução para esse problema deve partir de nós, os personagens do trânsito.
Não é incomum presenciarmos cenas de imprudência no trânsito, seja de nossos pais, amigos e até mesmo de motoristas profissionais. A mais comum e frequente das violações é a conversa no celular enquanto se dirige um automóvel, um ônibus ou mesmo uma motocicleta. Há alguns dias, um colega meu da escola onde estudo, registrou no seu celular um motorista da empresa de transporte da nossa cidade cometendo tal delito. Dirigindo e falando ao celular! O que será que passa pela cabeça de um profissional do trânsito, com tamanha responsabilidade sobre os seus ombros, quando toma tal atitude? Será que ele não tem consciência das vidas que está colocando em risco? Provavelmente, não!
Mas, a lista das mais frequentes e evidentes imprudências presenciadas no cotidiano do trânsito não para por aí. Quem é que não presenciou motoqueiros “empinando” as suas motocicletas em área escolar, transformando esse meio de transporte em uma arma de invalidez e morte? Quem é que nunca se assustou ao ser ultrapassado em alta velocidade num local proibido? Quem é que nunca viu motoristas respondendo a essas infrações com outras igualmente perigosas? E os insultos, xingamentos, furadas de sinal, intolerâncias, arrogâncias, desrespeito com pedestres, paradas em filas duplas e até triplas, estacionamento em locais proibidos...?  
O trânsito exige Educação; simplesmente EDUCAÇÃO. Pessoas educadas usam cintos de segurança, não estacionam em vagas de idosos ou cadeirantes; não provocam nem respondem os insultos com provocações; estando com saúde, respeitam espaços, reservados ou não, nas proximidades de hospitais, farmácias. Pessoas educadas se responsabilizam por fazer a sua parte na preservação de vidas e de valores éticos e morais. Sabem que, por mais alteradas e nervosas que possam ficar com a falta de consciência de outras pessoas, nada será resolvido a partir de insultos.  Contribuem com a harmonia social.
Os jornais impressos e televisivos estão abarrotados de lastimáveis, abruptos e agressivos acidentes de trânsito.  Quantas perdas já não foram registradas neste jornal? Ninguém pode alegar falta de conhecimento.  Mas por quê? Por que insistir em cometer delitos já  comprovadamente causadores de consequências tão trágicas?  Por que esse desejo mórbido pelo risco e pelo erro? Muitas vezes, fico querendo encontrar respostas para tanta irracionalidade. Então, o homem não é o único animal capaz de discernir entre o certo e o errado e de medir a proporção das consequências de suas atitudes? Acredito que essa também pode ser a dúvida de muitas pessoas.
 Alegar desconhecimento do problema é desfaçatez. Campanhas sobre o trânsito, projetos sobre o trânsito, palestras sobre o trânsito, entre outras coisas sobre o trânsito, buscam desenvolver a consciência dos cidadãos sobre essa temática. Mas ainda assim os resultados se mostram insatisfatórios. Não sei por quê. Mas se tem uma coisa que eu sei é que só teremos um trânsito educado e tranquilo, se cada um de nós fizer a nossa própria parte, isso sem a comum desculpa que o outro não a está fazendo. Podemos receber instruções e informações de como devemos proceder, mas somente cada um de nós é capaz de desenvolver nossa própria consciência e estimular a vontade de querer reverter essa situação, começando com simples atitudes. Mas... e então? Qual é a sua posição quanto a isso?

                                                                                           Amanda Ellen Almeida de Mata
                                                                                  Aluna 1º ano Ensino Médio – Secretariado
IFMT – campus Rondonópolis

                                                                                  Professora Arlete Fonseca de Oliveira