PROJETO MEIO AMBIENTE: CULTIVO DO HÁBITO DO USO DOS 5 rS

2011: Mais um ano letivo pela frente. Em 2010, realizamos com bastante êxito o projeto Gêneros Textuais (orais e escritos), objetivando conhecer, analisar e produzir textos ligados aos Valores Humanos. Neste ano, 2011,a proposta dos gêneros visa desenvolver habilidades e potencialidades relacionadas ao respeito pelo MEIO AMBIENTE, sobretudo à prática ao uso dos 5Rs (Respeitar, repensar, reduzir, reutilizar e reciclar). Por isso, abri um página - MEIO AMBIENTE - só com textos que discorrem sobre o tema. O IFMT campus Rondonópolis não pode prescindir, num momento de agonia do planeta, do seu papel de construção de cidadania. Aguardem!! “Se quisermos ter menos lixo, precisamos rever nosso paradigma de felicidade humana. menos lixo significa ter... mais qualidade, menos quantidade; mais cultura, menos símbolos de status; mais esporte, menos material esportivo; mais tempo para as crianças, menos dinheiro trocado; mais animação, menos tecnologia de diversão; mais carinho, menos presente... (Gilnreiner, 1992)

19 de maio de 2011

Pitty- Admirável Chip Novo Legendado



Admirável Chip Novo

Pitty

Composição : Pitty

Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor (2x)
Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor (2x)
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema.

Comentário:



Há, na música, a presença de dois eus, que se divergem: o eu robô, ao aceitar a reinstalação do sistema, pode ser entendido como representante da pessoa que segue o status quo para sentir-se plena, sem preocupar-se com formar uma opinião crítica. O eu humano, que rejeita a alienação, no entanto, prefere ironizar o controle a que tentam submetê-lo, pois o vê como uma perda de identidade.
Para compreender melhor a letra da música, é preciso reportar- nos à obra de Aldous Huxley -"Um Admirável Mundo Novo" -  com a qual o eu lírico trava um diálogo. A diferença é que, no romance, não há robôs como personagens. São todos "humanos". E isso já de cara nos faz refletir: será mesmo que não passamos de robôs em pele de humanos? O que faria o eu lírico acreditar nisso? Pois, então! Ouçam, sintam e compreendam a mensagem do eu lírico. Estabeleçam relações entre o que se diz na letra e o nosso comportamento, atitudes, ações e reações.
Essa é uma boa letra para exercitar no nosso senso crítico a respeito da manipulação e alienação a que nos deixamos conduzir.  Percebemos, claramente, a distinção entre "alienante"/ "alienado". E mais, para não dizer, o pior! Fazemos parte do primeiro ou do segundo time? ( Não que ache um deles melhor! Sinceramente, considero ambos de mau-gosto.)
O eixo opositivo - alienante x alienado é colocado em evidência como forma de chamar a nossa atenção para um despertar dum estado de dormência que  anuvia nossos olhos, impedindo-nos de distinguir os nossos reais quereres.  O bom da arte - quer seja em romances ou em composições musicais, é que ela, por meio de metáforas e arranjos,  aborda alguns temas, dando a eles contornos estéticos que recriam seu significado. Essa recriação é um prato cheio para aqueles que a curtem como forma de repensar sua própria essência e ficar frente a frente com a sua própria identidade. Quem estiver cansado da escuridão da Caverna não deve poupar suas pupilas para  enxergar as "cordas de fantoches" que as ideologias tentam lançar sobre si.
É papel dos  pais, dos educadores, dos representantes da cada instituição no país, enfim, de cada um de nós, desenvolver o senso crítico e ajudar o outro a fazer o mesmo. Querer permanecer na escuridão, distanciando-se cada vez mais de sua própria essência é uma condição imprópria para qualquer ser humano.
Rejeitar o senso comum, mais que um dever, é um direito. A  ESCOLA, sobretudo, deve reservar um espaço para a luz.

Segue abaixo um pensamento de William Graham Sumner, famoso acadêmico americano do começo do século XX, citado por Alexandre Taschetto de Castro em seu artigo Uma introdução ao pensamento crítico:
[Pensamento crítico]... é a análise e o teste de proposições de qualquer tipo que nos são oferecidas, de forma a descobrir se elas correspondem à realidade ou não. É um hábito e um poder mental. É uma condição primária para o bem da sociedade que homens e mulheres sejam treinados nele. É a nossa única garantia contra a ilusão, enganação, superstição e incompreensão de nós mesmos e de nossas circunstâncias mundanas. Nossa educação é boa na medida em que ela produz uma bem desenvolvida capacidade crítica... A educação na capacidade crítica é a única educação da qual pode-se verdadeiramente dizer que forma bons cidadãos. (CASTRO, 2002)
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