PROJETO MEIO AMBIENTE: CULTIVO DO HÁBITO DO USO DOS 5 rS

2011: Mais um ano letivo pela frente. Em 2010, realizamos com bastante êxito o projeto Gêneros Textuais (orais e escritos), objetivando conhecer, analisar e produzir textos ligados aos Valores Humanos. Neste ano, 2011,a proposta dos gêneros visa desenvolver habilidades e potencialidades relacionadas ao respeito pelo MEIO AMBIENTE, sobretudo à prática ao uso dos 5Rs (Respeitar, repensar, reduzir, reutilizar e reciclar). Por isso, abri um página - MEIO AMBIENTE - só com textos que discorrem sobre o tema. O IFMT campus Rondonópolis não pode prescindir, num momento de agonia do planeta, do seu papel de construção de cidadania. Aguardem!! “Se quisermos ter menos lixo, precisamos rever nosso paradigma de felicidade humana. menos lixo significa ter... mais qualidade, menos quantidade; mais cultura, menos símbolos de status; mais esporte, menos material esportivo; mais tempo para as crianças, menos dinheiro trocado; mais animação, menos tecnologia de diversão; mais carinho, menos presente... (Gilnreiner, 1992)

5 de setembro de 2018

REDES SOCIAIS, OPORTUNISTAS E EDUCAÇÃO


As redes sociais, os oportunistas e a educação


A linguagem, por natureza, impele o homem a interagir-se com o outro. Comungar conhecimentos, fatos, opiniões é uma necessidade. No século XXI, as redes sociais ampliaram essas possibilidades. Nesse espaço ilimitado, entretanto, muitos usuários, deslumbrados, com a acessibilidade e a visibilidade que a ferramenta oferece, deixam-se perder, levando consigo o senso crítico, necessário desde sempre, mas que na atualidade deve estar à flor da pele.     
Alguns usuários vislumbram, nas redes, uma oportunidade para relatar seu cotidiano, expor opiniões e tudo que lhe vier à telha; afinal, a autoafirmação é um desejo inerente ao ser humano. Outros, geralmente atraídos pelo teor das manchetes, sentem a necessidade de, mesmo que, talvez, sem intenção definida, compartilhar memes e textos alheios, o que a priori pode também ser atribuído ao desejo de autoafirmação.  
Esgarçada pela paixão avassaladora de incautos, a rede é um prato cheio para os oportunistas que, resguardados pelo anonimato, capricham nas manchetes atrativas, estrategicamente montadas. Crivam os textos de falácias com base no apelo à ignorância, ao divino, ao ridículo. Acusam e ofendem. Julgam e condenam.  Perdoam e absolvem. Evidentemente, conforme suas conveniências. Porque sabem da fragilidade cultural e emocional dos usuários da rede, contam com a ligeirice deles na arte de clicar. Sabem que, à velocidade de um clique, as mentiras se transformam em verdades. Não importa se com consequências nefastas. Nem o Papa Francisco escapa. A página dos compartilhadores salpica-se de incoerências. Paradoxalmente, o carrasco violento é ao mesmo tempo o mais fervoroso dos cristãos. 
Em ano político, os oportunistas apimentam ainda as redes sociais. É cultural, no Brasil, a ideia de que a melhor defesa é o ataque. Escrúpulo, faz tempo, anda em baixa. O ato irresponsável sobrepõe-se à responsabilidade. Nesta semana, recebi um vídeo pelo WhatsApp. Nele, uma menininha de uns 6 anos discursava, brilhantemente,  em favor do direito ao porte de armas, num vocabulário e numa performance persuasiva de fazer inveja ao padre Fábio de Melo, Leandro Karnal e a outros tantos. O vídeo viralizou, claro.
Sem dúvida, a trama social é composta de uma diversidade de fios entrecruzados que nos remetem, com força e rapidez, a falsas aberturas e atalhos. É o bem e mal que caminham juntos. Mas, nessa trama complexa e agitada, cabe ao homem, pelo senso crítico, escolher o melhor caminho.  O mapa? As placas indicativas? Somente a Educação pode oferecer. Bom senso e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Minha avó já dizia: “para um bom entendedor, um pingo é letra”.

Arlete Fonseca de Oliveira
Professora - IFMT – campus Rondonópolis
30 de  agosto de 2018