Alunos do Instituto Federal de Mato Grosso - campus Rondoópolis 1º ano B de Secretariado
Sou professora de Língua Portuguesa do Ensino Médio Integrado em Química, Secretariado e Alimentos do Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - campus Rondonópolis-MT e pretendo registrar neste blog trabalhos realizados em sala de aula com base na proposta de gêneros textuais, a partir de temas geradores.
PROJETO MEIO AMBIENTE: CULTIVO DO HÁBITO DO USO DOS 5 rS
2011: Mais um ano letivo pela frente.
Em 2010, realizamos com bastante êxito o projeto Gêneros Textuais (orais e escritos), objetivando conhecer, analisar e produzir textos ligados aos Valores Humanos. Neste ano, 2011,a proposta dos gêneros visa desenvolver habilidades e potencialidades relacionadas ao respeito pelo MEIO AMBIENTE, sobretudo à prática ao uso dos 5Rs (Respeitar, repensar, reduzir, reutilizar e reciclar). Por isso, abri um página - MEIO AMBIENTE - só com textos que discorrem sobre o tema.
O IFMT campus Rondonópolis não pode prescindir, num momento de agonia do planeta, do seu papel de construção de cidadania.
Aguardem!!
“Se quisermos ter menos lixo, precisamos rever nosso paradigma de felicidade humana.
menos lixo significa ter...
mais qualidade, menos quantidade;
mais cultura, menos símbolos de status;
mais esporte, menos material esportivo;
mais tempo para as crianças, menos dinheiro trocado;
mais animação,
menos tecnologia de diversão;
mais carinho,
menos presente...
(Gilnreiner, 1992)
7 de setembro de 2013
CAMPANHA: IFMT SUSTENTÁVEL - RONDONÓPOLIS 100% SEM QUEIMADAS
Alunos do Instituto Federal de Mato Grosso - campus Rondoópolis 1º ano B de Secretariado
RESENHA do livro de Maria do Rosário Longo Mortatti, EDUCAÇÃO E LETRAMENTO. São Paulo: UNESP, 2004. 136p. R$15,00
Letramentos: história
da palavra, história do homem
Arlete Fonseca de Oliveira
Aluna especial do Programa de
Pós-graduação em Educação Universidade Federal de Mato
Grosso – Rondonópolis
Década
de 1980. Ressurge, com nova roupagem, a palavra “Letramento” no contexto
educacional de vários países e, lógico, do Brasil. É neste contexto, evidentemente,
que Maria do Rosário Longo Mortatti[1]
(Educação e Letramento. São Paulo: UNESP, 2004. 136p. R$15,00) vai inseri-la
para explicar-lhe os significados e os sentidos que lhe foram e lhe vão sendo atribuídos
ao longo das discussões acadêmicas.
Fazendo
um retrocesso na história da educação brasileira, sem desconsiderar o momento
político, social e econômico, a autora nos conduz a refletir sobre a importância
da palavra “letramento” num contexto em que só a palavra “alfabetização” já não
bastava mais, porque agora era preciso “aprender a ler e a escrever, mas,
sobretudo, adquirir competência para usar a leitura e a escrita, para
envolver-se com práticas sociais de
escrita”. Esse avanço pode passar
em brancas nuvens para alguns, mas não para quem milita na e para a educação. Assim
como a palavra “alfabetização”, na década de 1920, serviu para demarcar um
avanço em termo de analfabetismo no Brasil; na década de 1980, a palavra “letramento”
servirá para, ao lado de sua precursora, fortalecer o sistema educacional
brasileiro, representando a superação do analfabetismo e o marco inicial de uma
nova forma de conceber o ato de ler e escrever.
Para
que a palavra “letramento” se firme no léxico e nas práticas pedagógicas dos
professores em salas de aula, não pode haver brechas para quaisquer deduções
precipitadas a respeito do que ela representa. Assim, Maria do Rosário buscou, na
essência da origem da palavra e do contexto que a exigiu, uma explicação para
sua existência. Compreender o novo e dissertar
sobre ele, implica, dentre outros mecanismos geradores de conhecimento,
estabelecer relações lógicas entre palavras do mesmo campo semântico. Assim,
Mortatti busca relações entre letramento, alfabetização, escolaridade e
educação.
Ao fazer isso, Maria do Rosário, metalinguística e meta-historicamente, consciente ou inconscientemente, faz o leitor/educador refletir sobre como o tempo atua sobre sua própria formação individual e social, bem como sobre seus modos de sentir, pensar, apreender coisas e atuar sobre elas no/com e pelo mundo. Ao esmiuçar as palavras, eventos e contextos que envolvem seus objetivos, conduz o leitor (educador de alma) a uma viagem para dentro de si mesmo, despertando-lhe o desejo de alargar os passos e superar logo o estágio do “letramento”, na esperança de que bem rapidamente surja uma nova palavra que demarque mais uma travessia para o desenvolvimento humano. Novas necessidades, novas formas de olhar, compreender e conceber o mundo vão surgindo de acordo com a variação do grau de desenvolvimento humano.
Ao fazer isso, Maria do Rosário, metalinguística e meta-historicamente, consciente ou inconscientemente, faz o leitor/educador refletir sobre como o tempo atua sobre sua própria formação individual e social, bem como sobre seus modos de sentir, pensar, apreender coisas e atuar sobre elas no/com e pelo mundo. Ao esmiuçar as palavras, eventos e contextos que envolvem seus objetivos, conduz o leitor (educador de alma) a uma viagem para dentro de si mesmo, despertando-lhe o desejo de alargar os passos e superar logo o estágio do “letramento”, na esperança de que bem rapidamente surja uma nova palavra que demarque mais uma travessia para o desenvolvimento humano. Novas necessidades, novas formas de olhar, compreender e conceber o mundo vão surgindo de acordo com a variação do grau de desenvolvimento humano.
Muito bom, mas muito bom mesmo, poder, pela
leitura de um livro, que à primeira vista me parecia enfadonha por causa de
números, estatísticas e datas antigas, reconhecer-se nele como essência. Não
porque a autora em algum momento falasse disso; não, não falou. Mas, ao
minuciar o contexto do ressurgimento da palavra “letramento”, eu mesma ocupei o lugar dela e entendi que o tempo não atropela o tempo de ninguém. Pacientemente,
abre uma enorme ampulheta que deixa escorrer, em doses homeopáticas, situações
de desconforto que nos impelem a buscar soluções até que novos problemas se
estabeleçam e sejam novamente enfrentados num processo continuum de desenvolvimento humano. Juro que tentei fazer uma
resenha bem mais científica. Mas a história da palavra é a história do próprio
homem que precisa fazer uso dela para exprimir seu sentimento diante daquilo
que acabou de ler.
[1] Maria do Rosário Longo Mortatti - Professora Titular da Universidade Estadual Paulista
(UNESP). Licenciada em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de
Araraquara (1975); Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP) (1987); Doutora em Educação pela UNICAMP (1991); Livre-docente em
Metodologia da Alfabetização pela UNESP (1997). É Presidente da Associação
Brasileira de Alfabetização (ABAlf) (2012-2014). Professora Titular da Universidade Estadual
Paulista (UNESP). Licenciada em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e
Letras de Araraquara (1975); Mestre em Educação pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) (1987); Doutora em Educação pela UNICAMP (1991);
Livre-docente em Metodologia da Alfabetização pela UNESP (1997). É Presidente
da Associação Brasileira de Alfabetização (ABAlf) (2012-2014).
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