Trânsito: as imprudências nossas de cada dia
Infelizmente
todo ano é a mesma história. Centenas e até mesmo milhares de acidentes de
trânsito são registrados anualmente nas várias vias urbanas e estradas de nosso
país. Os números parecem apenas aumentar ano após ano e, com eles, aumentam os
números de óbitos, de pacientes nos hospitais, de famílias abaladas e de vidas
completamente modificadas. Mas, você sabia que, por mais incrível que pareça, a
grande maioria desses acidentes é causada por imprudências cometidas pelas
próprias vítimas? Infelizmente essa é a triste, mas evidente realidade! Assim,
constatamos que a solução para esse problema deve partir de nós, os personagens
do trânsito.
Não
é incomum presenciarmos cenas de imprudência no trânsito, seja de nossos pais,
amigos e até mesmo de motoristas profissionais. A mais comum e frequente das
violações é a conversa no celular enquanto se dirige um automóvel, um ônibus ou
mesmo uma motocicleta. Há alguns dias, um colega meu da escola onde estudo,
registrou no seu celular um motorista da empresa de transporte da nossa cidade
cometendo tal delito. Dirigindo e falando ao celular! O que será que passa pela
cabeça de um profissional do trânsito, com tamanha responsabilidade sobre os
seus ombros, quando toma tal atitude? Será que ele não tem consciência das
vidas que está colocando em risco? Provavelmente, não!
Mas,
a lista das mais frequentes e evidentes imprudências presenciadas no cotidiano
do trânsito não para por aí. Quem é que não presenciou motoqueiros “empinando”
as suas motocicletas em área escolar, transformando esse meio de transporte em
uma arma de invalidez e morte? Quem é que nunca se assustou ao ser ultrapassado
em alta velocidade num local proibido? Quem é que nunca viu motoristas
respondendo a essas infrações com outras igualmente perigosas? E os insultos,
xingamentos, furadas de sinal, intolerâncias, arrogâncias, desrespeito com
pedestres, paradas em filas duplas e até triplas, estacionamento em locais
proibidos...?
O
trânsito exige Educação; simplesmente EDUCAÇÃO. Pessoas educadas usam cintos de
segurança, não estacionam em vagas de idosos ou cadeirantes; não provocam nem
respondem os insultos com provocações; estando com saúde, respeitam espaços,
reservados ou não, nas proximidades de hospitais, farmácias. Pessoas educadas
se responsabilizam por fazer a sua parte na preservação de vidas e de valores
éticos e morais. Sabem que, por mais alteradas e nervosas que possam ficar com
a falta de consciência de outras pessoas, nada será resolvido a partir de
insultos. Contribuem com a harmonia
social.
Os
jornais impressos e televisivos estão abarrotados de lastimáveis, abruptos e
agressivos acidentes de trânsito.
Quantas perdas já não foram registradas neste jornal? Ninguém pode
alegar falta de conhecimento. Mas por
quê? Por que insistir em cometer delitos já
comprovadamente causadores de consequências tão trágicas? Por que esse desejo mórbido pelo risco e pelo
erro? Muitas vezes, fico querendo encontrar respostas para tanta
irracionalidade. Então, o homem não é o único animal capaz de discernir entre o
certo e o errado e de medir a proporção das consequências de suas atitudes?
Acredito que essa também pode ser a dúvida de muitas pessoas.
Alegar desconhecimento do problema é
desfaçatez. Campanhas sobre o trânsito, projetos sobre o trânsito, palestras
sobre o trânsito, entre outras coisas sobre o trânsito, buscam desenvolver a
consciência dos cidadãos sobre essa temática. Mas ainda assim os resultados se
mostram insatisfatórios. Não sei por quê. Mas se tem uma coisa que eu sei é que
só teremos um trânsito educado e tranquilo, se cada um de nós fizer a nossa
própria parte, isso sem a comum desculpa que o outro não a está fazendo.
Podemos receber instruções e informações de como devemos proceder, mas somente
cada um de nós é capaz de desenvolver nossa própria consciência e estimular a
vontade de querer reverter essa situação, começando com simples atitudes.
Mas... e então? Qual é a sua posição quanto a isso?
Amanda Ellen Almeida de Mata
Aluna
1º ano Ensino Médio – Secretariado
IFMT – campus Rondonópolis
Professora
Arlete Fonseca de Oliveira
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