PROJETO MEIO AMBIENTE: CULTIVO DO HÁBITO DO USO DOS 5 rS

2011: Mais um ano letivo pela frente. Em 2010, realizamos com bastante êxito o projeto Gêneros Textuais (orais e escritos), objetivando conhecer, analisar e produzir textos ligados aos Valores Humanos. Neste ano, 2011,a proposta dos gêneros visa desenvolver habilidades e potencialidades relacionadas ao respeito pelo MEIO AMBIENTE, sobretudo à prática ao uso dos 5Rs (Respeitar, repensar, reduzir, reutilizar e reciclar). Por isso, abri um página - MEIO AMBIENTE - só com textos que discorrem sobre o tema. O IFMT campus Rondonópolis não pode prescindir, num momento de agonia do planeta, do seu papel de construção de cidadania. Aguardem!! “Se quisermos ter menos lixo, precisamos rever nosso paradigma de felicidade humana. menos lixo significa ter... mais qualidade, menos quantidade; mais cultura, menos símbolos de status; mais esporte, menos material esportivo; mais tempo para as crianças, menos dinheiro trocado; mais animação, menos tecnologia de diversão; mais carinho, menos presente... (Gilnreiner, 1992)

15 de outubro de 2011

DIA DOS PROFESSORES - UMA REFLEXÃO

RELATÓRIO REFLEXIVO

RELATÓRIO REFLEXIVO DO 1º ENCONTRO DO GRUPO DE PROFESSORES DO CIE EM 06 DE ABRIL DE 2010.

                                                                  Arlete Fonseca de Oliveira

         PUTA QUE LA MEEEERRDA!! Essa expressão hiperbólica foi eleita a mais impactante dentre os muitos palavrões que Roberto Carlos e seu amiguinho desfiavam num canto do pátio da Febem. Ali, bem cedo; eles descobriram o mágico poder das palavras. Puuuta que La meeeerrda! Assim bem entonada era o antecipado passaporte para o mundo adulto. Eles estavam crescendo. Precisavam dele. Lembrei que uma vez eu também ensaiei a tonicidade da palavra “Viado” seu viaado! Ô viaaado! E que absorta no prazer da melodia da palavra, não pude me defender do puxão de orelha que me pegou desprevenida. Mas agora eu estava ali, na sala de vídeo da escola onde sou professora. Absorta também, mas tentando captar o mistério da mente infantil do personagem do filme “Contador de Histórias”. Era a aula inaugural do retorno dos professores do CIE ao grupo de estudos.
          Como professora de Língua Portuguesa, reconheci que a expressão Puta que La merda –, com a ajuda desse La emprestado do espanhol – tinha um valor semântico muito mais incisivo do que “viado”. Reconheço também que, se não fosse esse La do espanhol, o menino não traduziria nem sua euforia diante do resultado positivo de um sensacional assalto à época negra de sua vida, nem sua euforia diante do público efervescente do Maracanã lotado, à época em que sua vida ia tomando contornos cor-de-rosa.
          Sem essa expressão, confesso que também não expressaria o misto de nostalgia, indignação e admiração que tomou conta de mim. Nostalgia porque a história me reportou à infância, sem que a minha fosse exatamente a mesma. Indignação porque vejo ainda hoje crianças, adolescentes e até adultos pobres sendo seduzidos por falsas promessas. Puxa, será que pobreza e ignorância precisam andar sempre grudadas? Admiração porque pude ver a dor e o sofrimento serem vencidos pela força da superação. E pra ser sincera fui também tomada de uma certa dor de cotovelo: com tantos educadores no Brasil, e o olhar amigo tinha de vir de um estrangeiro? Será que são mais perspicazes que nós?
          – Tudo bem, pensei, deixa pra lá. Vou me concentrar na história. O som está ruim. Presto atenção na imagem. Se pelo menos eu soubesse inglês para ler a legenda... Mas, pensamento que é pensamento pensa:
          “O que há de comum entre a Febem do filme e escola de hoje?”
          “Nada!” – foi a resposta imediata para pôr ponto final naquela discussão mental que iniciava sem pedir licença.
         “Ora, Febem tem diretor, coordenador, professor; crianças difíceis e não tão difíceis'.
          “Escola também tem isso”.
          “A Febem tem estatuto, planejamentos e planos de ação, etc.”
          “A escola também.”
          “A FEBEM é idealizada para oferecer oportunidades de conhecimento a todos que ali entram.”
          “A escola também!”
          “A Febem promete às crianças acesso ao ensino superior.”
          “A escola também!”
          “A Febem garante a formação de cidadania.”
          “A escola também!”
          “A Febem garante capacitação profissional para além dos muros da instituição.”
          “A escola também!”
         “A mãe do menino do filme o deixou lá por causa dessas promessas.”
          “As mães dos meninos da escola também!”
          “Na Febem, há professores que acreditam no seu PODER de poder mudar o mundo!”
          “Na escola também!”
           Mas, na Febem, há os que acham tudo isso “poesia”. Balela. Coisa de burocrata.”
          “Na escola...”
          _Cheeega!! Me deixa ver o filme? Gritei! Mas, tive de tolerar o complemento da frase interrompida:
         “Na escola também! Escuto dizerem: “Olha o que o ensino ciclado fez das escolas! Fácil pra quem não está em sala...”
          Com um fio conectado na TV; outro, na discussão que era travada, fiquei lembrando que já vira na internet resultados positivos de algumas Febens.
          “Pois, então! Há também muitas escolas de sucesso!”
         “Ah!, mas... a Febem é para crianças carentes. A escola não. Na escola, a criança tem pais presentes que dão o afago do olhar carinhoso e compreensivo... estão distantes do mundo do desemprego, do álcool, das drogas, do consumismo, das futilidades, dos desentendimentos, das aparências... Do descaso”.
          _ Puxa! – pensei - Acho que parte de mim foi contaminada pelo fantástico mundo de Roberto Carlos. Não do cantor... (Sonhei que entrei no quintal do vizinho/E plantei uma flor/No dia seguinte ele estava sorrindo/Dizendo que a primavera chegou...), mas do Roberto do filme.
          Sonhador que era, esse Roberto, ao avistar as grades da Febem, se deliciou com o colorido e a alegria de um circo do lado de dentro.
          “E quando a professora de Educação Física frustrou todas as suas expectativas? Ô coitado!!”
          - Coitado nada! – Respondi sem titubear – Sua imaginação de menino já àquela época era muito fértil. A figura do hipopótamo foi um jeito bem humorado e criativo de ele se defender de frustrações nocivas à sua saúde emocional.
          Uma risadinha de canto de boca se esboçou disfarçada: “ Em que animal você acha que seus alunos pensam quando você está dando aula?”
          _ Não respondi. Fujo sempre de insinuações maliciosas.
          Mas fiquei pensando... que figura representaria os meus momentos de descaso. De preguiça...”ah! essa é fácil.” De falta de compromisso... de impaciência...
          “Ah que bobagem perder tempo com isso. Por que não faz um julgamento dos professores da Febem. É mais interessante!”
          - Atendi prontamente – era canja! - Eu acho que aquela professora estava ali só “encostada”. Ou seria por desvio de função? Ou por Apadrinhamento?... Fim de carreira, talvez ... Coisa pública... Dinheiro público, sabe como é.
          “Ah! Que que tem? Nada disso tem dono mesmo! Melhor com o povo do que nas mãos de corruptos.”
           A razão deu um chega pra lá no devaneio. “Chega!” Pensamentos incompletos é coisa de idiota!”
          Voltei à sala onde assistíamos ao filme. Ouvi professores dizendo que ali também havia crianças carentes. Muuito carentes! De concentração. De atenção. De pais. Ah! esses eram o entrave na aprendizagem daquelas crianças! Se não fossem eles...
          Acordei de vez:
          _ É elementar, cara professora! Não há diferença entre Escola e a tal Febem do filme!”
          Dessa constatação, vem outra dúvida que me encafifa: “mas se não é diferente, o que a escola tem feito de diferente?”
          “Xii... que medo. Será que as escolas um dia também terão suas portas cerradas por decreto?”
          Lembrei das nossas lamúrias. Também, senão as mesmas, são muito parecidas às dos representantes da Febem:
          “Esse moleque é um caso perdido, o pai abandonou a mãe que caiu no mundo. “Aquele lá, coitado, já nasceu com pouco tutano”; “aquele outro tem uma preguiça que só vendo”. “Sabia que o fulano está com o pai preso porque matou a mãe? Não? Te contei não???” E numa cara de desesperança não diz, mas, com aquele suspiro, é como se dissesse:
          “Esse mundo tá perdido”. Pai que não educa, filho que não aprende... diretor que não determina... E esse governo que não paga bem?... Puuutaquelamerrda, sô!, ainda querem que o professor ensine? Aonde, meu?”
          Na sala de vídeo, ouço a voz da Pandora. Era a discussão sobre a história do filme que já terminara. Uma história de resgate. Resgate de um menino que já estava na goela do capeta. O resgate fora obra de uma educadora estrangeira, ES-tran-gei-ra! (...) Ah, tá! Xiii... já tava esquecendo de dizer o que disse a Pandora. Ela disse:
          _ A CRIANÇA EDUCADA NA ESCOLA PODE LEVAR O QUE APRENDEU PRA CASA E MUDAR A VIDA DE SUA FAMÍLIA.
     - Puta que La merda de novo. Mas, simples assim.
       A Pandora voltou!!! E trouxe em sua caixa um montão de histórias fantásticas para aliviar os medos, os anseios e os rancores de nossas crianças. De nossos adultos também. E DE NÓS PROFESSORES TAMBÉM! Gritei. Só em pensamento. Só em pensamento.
          Não falei nada pra não puxar assunto. Já havia passado uns quinze minutos do prazo combinado. Muitos dos que ali estavam já tinham cumprido uma jornada de 12 horas/aula.
PONTO FINAL?

P.S

Falei tanto que não fiz uma sinopse do filme. Aquele do qual gerou esse relatório reflexivo aí em cima. Vai aí um controlC- ControlV dele. Bacana a escolha da nossa professora - a Tânia. É capaz de ela querer me contrariar. Vai querer explicar que ali não é professora, que ela é apenas uma... nem sei como ela vai se denominar. É só esperar, que vamos saber.

Título / Nome Original: O Contador de Histórias
Gênero: Drama
Duração: 100 minutos
Elenco:Maria de Medeiros Daniel Henrique Paulinho Mendes Cleiton Santos Malu Galli Ju Colombo Daniel Henrique da Silva Ricardo Perpétuo Matheus de Freitas

Sinopse:
O Contador de Histórias' gira em torno da trajetória de Roberto Carlos, um menino pobre de Belo Horizonte que, durante a década de 70, cresce em uma entidade assistencial para menores então recém-criada pelo governo. Entre fugas e capturas, ele é considerado irrecuperável por seus educadores. A vida do garoto, porém, muda quando ele conhece a pedagoga francesa Margherit (Maria de Medeiros, de Pulp Fiction), que vem ao Brasil para realizar uma pesquisa. Juntos, aprendem importantes lições um com o outro, que mudarão as vidas de ambos para sempre.

Curiosidades:
» Com direção de Luis Villaça e produção de Denise Fraga e Francisco Ramalho Jr., O Contador de Histórias inspira-se na história real de Roberto Carlos Ramos, ex-menino de rua que se transformou em professor e contador de histórias, ofício no qual é hoje considerado um dos melhores do mundo.

http://www.mauavirtual.com.br/cinema_verfilme.asp?id=681, acesso em 07 de abril de 2010.

13 de outubro de 2011

REDAÇÃO ENEM 2011!!! VER DICAS

Olá, Pessoal, sobretudo os alunos do terceiro ano!!!
Chegado o momento... e agora?? Estou diante da proposta de redação. O que fazer??


PASSOS A SEGUIR

1) Devemos ler, analisar e interpretar cuidadosamente os textos da coletânea. A fuga ao tema implica zerar a prova de redação;
Levantado o tema; delimite-o e elabore uma tese (uma declaração – opinião –  a ideia central, o tópico frasal, o carro-chefe) -  que vai ser comprovada, fundamentada.

2) Levantamento de ideias
A melhor maneira de levantar ideias sobre o tema é a autoindagação. Transforme a tese, mentalmente, numa pergunta e, a partir daí, no desenvolvimento, tente responder, comprovar o que foi afirmado na tese ).
A tese, inserida na introdução, orienta ou governa o resto do parágrafo; dele nascem outros períodos secundários ou periféricos; é o período mestre, que contém a frase-chave. A tese dirige a atenção do leitor para o tema central,  ajudando-o a não perder o fio da meada do raciocínio. Tem o  potencial de gerar ideias-filhote; é enunciação argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, exemplos).
Assim, a tese é o seu ponto de vista (sua opinião) a respeito de determinado assunto e ponto de partida para você comprová-la com argumentos sólidos, verídicos e sustentáveis.
 
3) Um momento para as ideias de assentarem
Siga sua intuição. Eu, particularmente, gosto de suspender a atividade por alguns instantes, ocupando-me na resolução de outras provas. Agindo assim, além de espairecermos um pouco a cabeça, podemos ganhar tempo para obter outras ideias, enquanto faz as outras provas, e estarmos mais preparado para perceber alguns desvios de raciocínio que passariam despercebidos.

04. Revisão e acabamento (antes de passar a limpo)
Faça uma cuidadosa revisão do rascunho e as devidas correções; leia o texto como se ele estivesse sido escrito pelo seu mais ferrenho inimigo – a criticidade costuma aumentar! rrrss

05. Versão definitiva
Passe a limpo para a versão definitiva, sem qualquer desespero. Mantenha a calma, mas não seja acomodado.O tempo é precioso.
 
06. Elaboração do título
O título deve ser urna frase curta condizente com a essência do tema. Costumo dizer que o bom título é aquele que remete o autor para a tese defendida.

Não deixe de você mesmo(a) fazer a seguintes perguntas:

O meu texto:
·         apresenta Introdução (breve contextualização + a tese), Desenvolvimento (exposição/argumentação, detalhamento) e Conclusão (retomada da tese, proposta de sugestão de solução do problema)? Há demonstração de capacidade de raciocínio e visão de mundo?
·          Apresenta verbos impessoais – 3ª pessoa do singular? (A estrutura do texto dissertativo-argumentativo é mais rígida que a de artigos, crônicas, editoriais. Estes últimos, apesar de serem também textos de opinião, permitem uma maneira mais informal).
·          As ideias-núcleo dos parágrafos estão bem desenvolvidas, bem fundamentadas? (E não se esqueça de que todas devem estar “trabalhando”para comprovar a tese anunciada lá na  introdução).
·         Os  argumentos são convincentes? Os  fatos são comprovados com base nos conhecimentos adquirido ao longo de sua formação escolar e fontes culturais diversas?
Evite:
·   adjetivações descabidas:  “belo”, “bom”, “mau”, “incrível”, “péssimo”, “triste”,“pobre”, “rico” etc.;
·   frases feitas e expressões cristalizadas,  a palavra “coisa”, gírias e vícios da linguagem oral, o uso do “etc.” e as abreviações.
·   aspas no título e nem palavras estrangeiras com correspondência na língua portuguesa: hippie, status, dark, punk, laser, chips etc.
·   enchimento de linguiça. Explicações em rodeio demonstram falta de conhecimento sobre o assunto. Além disso, uma das qualidades da boa redação é a progressão textual. O leitor, depois de ler seu texto, deve sentir-se satisfeito porque aprendeu com ele.
·   repetição de idéias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal empregadas), períodos incompletos,falta de concatenação de ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação ou fuga ao tema proposto.
·  construção de parágrafos prolixos ou muito curtos.
·  parágrafos fragmentados, - forma primária de construção.

 E mais uma vez: A argumentação utilizada responde ao que se propôs defender na tese?  (Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode estar corretamente empregada desde que a argumentação responda à questão. Se o texto for vago, a interrogação será retórica e vazia).

Bom-senso é sempre a melhor opção!

Veja um modelo considerado acima da média. De acordo com a última proposta em sala de aula, a aluna Aline Braga, depois de ler a proposta, partiu do seguinte raciocínio:

Tema: As tecnologias de Comunicação
Delimitação do Tema: A influência das tecnologias de comunicação no comportamento contemporâneo

Tese: A influência direta, sobretudo das redes sociais, sobre os modos de agir e pensar dos internautas revela uma nova tendência acerca do convívio social.
A partir desta tese, a aluna compôs seu texto que dividi em partes para ficar mais fácil  de compreender o processo da composição:

 
Introdução: breve contextualização do tema  com a inserção da tese (ponto de vista a ser defendido no desenvolvimento). Veja como ela articulou a tese na introdução.

Equilíbrio e sensatez na internet
As tecnologias de comunicação promovem a conexão com o mundo. Constituem ferramentas criadas para estabelecer elos entre diversas pessoas, culturas e informações, viabilizando o acesso ao processo de globalização. Apesar desses benefícios, internautas que se dobram aos encantamentos dessas ferramentas, sobretudo aos das redes sociais, têm sido influenciados negativamente nos seus modos de pensar e agir. Com isso, vai se desenhando um quadro psicológico negativo de estresse e dificuldade de relacionamentos sociais no comportamento contemporâneo.

Desenvolvimento: seleção dos argumentos que defendem a tese expressa na introdução – com detalhamentos necessários ao convencimento do leitor . Veja a articulação que fez entre as ideias dos parágrafos:
Argumento 1
Dentre as influências decorrentes do mau-uso da  tecnologia, pode-se destacar a da onda do anonimato, por meio da qual, usuários de computadores, mal-intencionados, promovem atos antiéticos e imorais, seja invadindo a privacidade de alguém, como no caso da pedofilia, ou praticando o cyberbullying –maneira de denegrir, ameaçar, humilhar o outro pelo computador. Evidentemente, essa prática de comportamento é própria daqueles que, por já possuírem um desvio de conduta, veem na ferramenta uma forma de destilar o mal sem tirar suas máscaras. De qualquer forma, é um mal que tem se proliferado nas redes sociais. 

Desenvolvimento: seleção dos argumentos que defendem a tese expressa na introdução – com detalhamentos necessários ao convencimento do leitor . Perceba os elementos de coesão com que ela vai "amarrando" as ideias.
Argumento 2
Outra influência negativa no comportamento contemporâneo é o distúrbio psiquiátrico, conhecido como “internet-dependência”ou  “internet-compulsão”, que tem sido cada vez mais frequente, sobretudo, entre os jovens internautas.  Estima-se que entre 6 e 10% dos aproximadamente 189 milhões de americanos usuários do computador padecem desse mal. Os efeitos deste vício estão relacionados principalmente à insegurança, à impaciência e à reclusão  social que, por sua vez, podem interferir no humor e nas relações interpessoais, inclusive com os familiares. Exemplo disso é o da  britânica Jemma Pixie Hixon que, apesar do sucesso como cantora, só consegue desfrutar a fama alcançada, na rede, protegida pelas paredes de sua casa, porque tem medo de sentir medo do público.

Conclusão: fechamento do texto com retomada à tese e alguma proposta de solução para o problema

Assim, uma ferramenta de intercâmbio social  e cultural, debate e divulgação de ideias e de conhecimentos, transformou-se numa válvula de escape para aqueles que não conseguem controlar impulsos insanos.  Alguns fazem isso, expondo-se demais; outros entregam-se ao isolamento social e, ainda, há os que o fazem, cometendo práticas indecentes e criminosas. É papel da família, do Estado e da sociedade educar o indivíduo, desde a infância, para lidar com suas dificuldades interiores para que ele, mais tarde, possa contribuir com a construção de uma sociedade sadia. Isso só é possível quando se lhe ensinam virtudes essenciais, como equilíbrio  e bom-senso, capazes de o livrar de interferências negativas de comportamento, advindas de deslumbramentos diante de quaisquer novidades.

Ver link com possíveis temas para redação deste ano -2011
http://enem2011.guiadoestudante.abril.com.br/grupo-de-estudo/topico?id=1990


1 de outubro de 2011

COMPETENCIAS EXIGIDAS PELO ENEM NA PROVA DE REDAÇÃO

COMPETÊNCIAS EXPRESSAS NA MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA REDAÇÃO

Baseada nas cinco competências da Matriz de Referência para a Redação, a proposta da Redação do Enem é elaborada de forma a possibilitar que os participantes, a partir de uma situação-problema e de subsídios oferecidos, realizem uma reflexão escrita sobre um tema de ordem política, social ou cultural, produzindo um texto de tipo dissertativo-argumentativo.

COMPETÊNCIAS
I - Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita.
II - Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
III - Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
IV - Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
V - Elaborar proposta de solução para o problema abordado, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Níveis de conhecimentos associados às Competências Expressas nas Matrizes de Referência para Redação do Enem.

Para cada uma das competências expressas na matriz de referência para redação do Enem, existem níveis de conhecimento associados a essas competências, conforme descritos abaixo:
- Nível 0:
Demonstra desconhecimento da norma padrão, de escolha de registro e de convenções da escrita. Não defende ponto de vista e apresenta informações, fatos, opiniões e argumentos incoerentes. Apresenta informações desconexas, que não se configuram como texto. Não elabora proposta de intervenção.
- Nível I:
Demonstra domínio insuficiente da norma padrão, apresentando graves e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita. Desenvolve de maneira tangencial o tema ou apresenta inadequação ao tipo textual dissertativo-argumentativo. Não defende ponto de vista e apresenta informações, fatos, opiniões e argumentos pouco relacionados ao tema. Não articula as partes do texto ou as articula de forma precária e/ou inadequada. Elabora proposta de intervenção tangencial ao tema ou a deixa subentendida no texto.
- Nível II:
Demonstra domínio mediano da norma padrão, apresentando muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita. Desenvolve de forma mediana o tema a partir de argumentos do senso comum, cópias dos textos motivadores ou apresenta domínio precário do tipo textual dissertativo-argumentativo. Apresenta informações, fatos e opiniões, ainda que pertinentes ao tema proposto, com pouca articulação e/ou com contradições, ou limita-se a reproduzir os argumentos constantes na proposta de redação em defesa de seu ponto de vista. Articula as partes do texto, porém com muitas inadequações na utilização dos recursos coesivos. Elabora proposta de intervenção de forma precária ou relacionada ao tema mas não articulada com a discussão desenvolvida no texto.
- Nível III:
Demonstra domínio adequado da norma padrão, apresentando alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita. Desenvolve de forma adequada o tema, a partir de argumentação previsível e apresenta domínio adequado do tipo textual dissertativo-argumentativo. Apresenta informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto, porém pouco organizados e relacionados de forma pouco consistente em defesa de seu ponto de vista. Articula as partes do texto, porém com algumas inadequações na utilização dos recursos coesivos. Elabora proposta de intervenção relacionada ao tema mas pouco articulada à discussão desenvolvida no texto.
- Nível IV:
Demonstra bom domínio da norma padrão, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. Desenvolve bem o tema a partir de argumentação consistente e apresenta bom domínio do tipo textual dissertativo-argumentativo. Seleciona, organiza e relaciona informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, com indícios de autoria, em defesa de seu ponto de vista. Articula as partes do texto, com poucas inadequações na utilização de recursos coesivos. Elabora proposta de intervenção relacionada ao tema e bem articulada à discussão desenvolvida no texto.
- Nível V:
Demonstra excelente domínio da norma padrão, não apresentando ou apresentando escassos desvios gramaticais e de convenções da escrita. Desenvolve muito bem o tema com argumentação consistente, além de apresentar excelente domínio do tipo textual dissertativo-argumentativo, a partir de um repertório sociocultural produtivo. Seleciona, organiza e relaciona informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, configurando autoria, em defesa de seu ponto de vista. Articula as partes do texto, sem inadequações na utilização dos recursos coesivos. Elabora proposta de intervenção inovadora relacionada ao tema e bem articulada à discussão desenvolvida em seu texto.

A redação é corrigida por dois corretores de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. A nota final corresponde à média aritmética simples das notas atribuídas pelos dois corretores.
6.7.6.1 Caso haja discrepância de 300 (trezentos) pontos ou mais na nota atribuída pelos corretores (em uma escala de 0 a 1000), a redação passará por uma terceira correção, realizada por um supervisor. A nota atribuída pelo supervisor substitui a nota dos demais corretores.
6.7.6.2 O Inep considera que a metodologia empregada na correção das redações contempla recurso de ofício.
6.7.7 Em todos os casos expressos abaixo, será atribuída nota zero à redação:
6.7.7.1 que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, o que configurará “Fuga ao tema/não atendimento ao tipo textual”;
6.7.7.2 sem texto escrito na Folha de Redação, que será considerada “Em Branco”;
6.7.7.3 Com até 7 (sete) linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará “Texto insuficiente”;
6.7.7.3.1 Linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no Caderno de Questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas;
6.7.7.4 Com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada “Anulada”.
6.7.8 O disposto no item 6.7.6.1 também se aplica à correção de uma redação que tiver sido considerada “Fuga ao tema/não atendimento ao tipo textual”; “Anulada” ou “Texto insuficiente” por um corretor e, simultaneamente, divergir com o considerado pelo outro corretor.